Sonho de pedir um táxi voador está mais próximo até para os brasileiros
Toda vez que falamos sobre o futuro, se você for da geração baby boomer até a geração X pelo menos, você dificilmente deixará de fazer uma associação com o desenho Jetsons. Então, lá vai mais uma!
Na semana passada, a Joby Aviation, empresa californiana que iniciou há 10 anos um projeto de transporte (táxi) aéreo de uso diário que seja acessível a todos (sim, como acontece nos Jetsons!), anunciou que recebeu mais uma rodada de investimentos. Você está lembrado que mencionei que a Toyota está explorando novos mares? Pois então, parte do investimento, mais precisamente US$ 349 milhões (mais de R$ 1 bilhão), foi da empresa japonesa. Anteriormente, a Toyota já tinha investido US$ 371 milhões na companhia aérea. Por que aumentar as cifras então?
Se pararmos para pensar, o transporte nas grandes cidades é um caos em qualquer parte do mundo, mas em proporções diferentes. As smart cities que estão em desenvolvimento já têm um planejamento mais adequado de transporte, contudo, ainda temos o desafio de tornar as atuais cidades mais inteligentes e até mesmo melhorar os futuros municípios.
Além disso, estamos mais do que nunca ambientalmente conscientes. O investimento de empresas tradicionais e de tecnologia em projetos que levam em consideração não só o benefício ao homem como, também, o impacto na natureza é mais do que tendência.
A aeronave da Joby Aviation, por exemplo, decola verticalmente como um helicóptero e voa como um avião para atingir mais velocidade. Diferentemente desses dois meios de transporte que utilizamos hoje e consomem muito combustível, o novo modelo é totalmente elétrico e tem emissão zero de carbono durante a sua operação, o que colabora, ainda, para que ele seja 100 vezes mais silencioso do que aeronaves tradicionais durante pousos e decolagens. O grande x da questão é: como fazer com que ele seja um meio de transporte acessível?
A companhia californiana parece ter uma boa ideia de como alcançar o sucesso em seus negócios. Por ser um veículo elétrico, os custos com combustíveis e manutenção são reduzidos drasticamente. Com o tempo, eles planejam aumentar a demanda distribuindo os custos de cada corrida o que, por consequência, reduzirá o valor final para cada passageiro.
Mas toda nova tecnologia demora para chegar ao Brasil, não é? Se considerarmos que a maior frota de helicópteros do mundo está em São Paulo, eu não afirmaria isso. O Uber Air, por exemplo, já cogitou iniciar suas operações no país. O que chama atenção é que a capital paulista é a única do mundo com um controle de tráfego aéreo exclusivo para helicópteros, o que poderá ser uma vantagem quando o termo "corrida aérea" passar a ser tão comum quanto "corrida de táxi".
Em 2018, quando visitei a incubadora A3 da Airbus, comentei que este tipo de transporte será uma realidade em breve. Ao que tudo indica, o futuro está mais próximo do que imaginamos. O que você acha?
Nos vemos na próxima semana.
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